as histórias de amélia: 10/08

assim começam as histórias

Na verdade, foi ainda um pouco antes que começou esta história, a propósito de outras viagens, as que nos contou João, o Sem Medo.
Encontrámo-nos, Alberta, Carlos e Inês, enquanto artistas e pessoas viajantes, n'As Viagens por dentro do Mundo, um espectáculo criado em Évora, em 2005.

Em 2008, o Convento da Saudação e O Espaço do Tempo acolheram e ajudaram a começar a nossa viagem. De criação. Pelos territórios do gesto, do som, da imagem, dos afectos. Da comunicação feita de formas simples, mas feita abundantemente. Procuramos o sintético sensível de intensidade máxima.
E que o público construa também o Encontro.

A Amélia torna possível e visível a nossa procura. Descobrimos nela a Casa [lugar sem fundo] onde construir mais vontades, mais viagens, mais, mais, mais...

O espectáculo O MUNDO É UM SÍTIO MUITO CHEIO surge como resultado do primeiro período de criação, em residência artística no Convento da Saudação, espaço do Espaço do Tempo e de todos os artistas que lá começaram criações.
É este o poder dos lugares: tornam-se nossos depois de lá passarmos.
Os lugares descolam-se e vêm connosco...

Agora a Amélia leva a sua primeira história ao Espaço Celeiros [já em Dezembro] em Évora, a convite da PédeXumbo.

Depois, bem... o mundo é muito grande...

O MUNDO É UM SÍTIO MUITO CHEIO

O excesso que diz inquietação, ironia, estranheza, surpresa.
De tantos nós.
Como uma festa, abundante em cores, comidas, música, cheiros, lágrimas, desafinos e palavras que não se aguentam na voz.
Só conhecemos o novo quando o experimentamos, mas sabemos:

"a abundância serve-se num prato colorido sem fundo"

O MUNDO É UM SÍTIO MUITO CHEIO
espectáculo estreado a 29 MARÇO de 2008
Convento da Saudação, Montemor-o-Novo
programação projecto educativo O ESPAÇO DO TEMPO 07/08

espectáculo preparado para itinerância
para mais informações contactar:

ashistoriasdeamelia@gmail.com
allemos@gmail.com
inesdecarvalho@hotmail.com

sinopse

[a história de Amélia]

Amélia acorda depois da explosão,

sente-se,
olha-se,
lava-se,
penteia-se,
detalha-se,
olha-se,
aceita-se,
está pronta.

Vive numa casa de onde nunca saiu.
E, lá fora, o mundo está cheio de coisas.

A história da Amélia é a estrutura do espectáculo, que depois é recriado pela presença e participação do próprio público.
A temática tem como centro a ideia de Corpo-Casa: o olhar é atraído para um corpo que conta a história. Nele, os elementos cénicos convergem, num condensado de referentes, sinais, imagens. Numa dimensão de fuga, o ambiente sonoro conduz, cruza e confronta a narrativa.
A partir de conceitos como a Abundância, o Excesso, a plasticidade do Corpo, do Som e do Espaço, a história da Amélia é o guião do espectáculo, onde as artes participam de forma integrada e onde o público é sempre [novo] criador e intérprete.

"a cada encontro o mundo aumenta"

ficha artística

concepção e direcção do projecto
Alberta Lemos e Inês de Carvalho

interpretação Alberta Lemos
música / ambientes sonoros Carlos Guerreiro
voz convidada no "tema da Amélia" Francisca Cortesão
espaço cénico / figurinos Inês de Carvalho
apoio à construção cenográfica Teresa Negrão

direcção de ateliers de criação
[que antecedem o espectáculo]
drama / exploração sonora Alberta Lemos
plástica / construção de elementos cénicos Inês de Carvalho

agradecimentos
Rui Horta e equipa d' O Espaço do Tempo, Teresa Negrão [e a máquina de costura da tia Dádá], Francisca Cortesão, Ana Carina, Hugo Martins, Jorge Correia, Daniela Garcia e Tiago de Faria.

co-produção
Alberta Lemos | Inês de Carvalho | O Espaço do Tempo
espectáculo criado em residência artística no Convento da Saudação, Montemor-o-Novo